Mundo virtual órfão
Esta matéria saiu ontem, no Caderno de Informática do Jornal do Brasil. A internet está se sentindo órfã... de repente sumiu um de seus maiores incentivadores e uma fonte de inspiração... Não poderia ser diferente.
O ciberespaço é para sempre
Morte de FerVil abre debate sobre a permanência de diários pessoais e perfil de redes sociais na internet
Jana Tabak
Há duas semanas, o jornalista Fernando Villela, 30 anos, mais conhecido como FerVil, foi assassinado quando atravessava de carro o Largo de Santo Cristo. Na manhã seguinte, o mundo virtual acordou de luto e órfão de um de seus maiores incentivadores. Centenas de recados com tom de despedida de amigos e admiradores congestionaram sites, blogs e a própria página da vítima no Orkut. Dentre as várias perguntas sem resposta, uma era muito comum: quem dará continuidade aos seus inúmeros projetos voltados para internet no Brasil? E o blog Mobilete? E o orkut?
A resposta sobre o destino dos dados das pessoas armazenados em páginas particulares, como flogs, blogs e Orkut, depois que elas falecem é algo ainda não esclarecido entre os internautas.
Segundo Ronaldo Lemos, advogado da FGV especializado em internet, os direitos sobre estes dados são transmitidos automaticamente aos herdeiros, assim como com qualquer outro tipo de propriedade.
- Pelo Princípio de Saisine, o direito é passado primeiro aos filhos ou parceiro. Na inexistência deles, para os pais. Basta comprovar para o provedor que é o herdeiro legítimo - explica Lemos.
No caso da Blogger, o parente deve confirmar o laço e apresentar a certidão de óbito do proprietário do blog. Com isso, a empresa fornece a senha de acesso à família, que decidirá o destino da página na internet.
- Eu tenho acessado o Orkut e o blog do FerVil para verificar as mensagens. Com certeza, daremos continuidade a esses projetos, mas ainda não sabemos como - comentou Luís Fernando Villela, pai do jornalista.
FerVil foi editor da revista Internet.br, pioneira no assunto no Brasil, e trabalhou em sites como Cadê, iG e Super iG. Atualmente, era diretor de conteúdo da Blah - serviço de chats e notícias vinculado à Tim - e planejava lançar nova revista na área de internet móvel.
Desde a morte do FerVil, foram criadas algumas comunidades no Orkut para protestar contra a violência, como a ''FerVil vive''. E o jornalista continua contribuindo para evolução da Rede - ao invés de provedor de conteúdo, ele se tornou inspiração para novos projetos.
O ciberespaço é para sempre
Morte de FerVil abre debate sobre a permanência de diários pessoais e perfil de redes sociais na internet
Jana Tabak
Há duas semanas, o jornalista Fernando Villela, 30 anos, mais conhecido como FerVil, foi assassinado quando atravessava de carro o Largo de Santo Cristo. Na manhã seguinte, o mundo virtual acordou de luto e órfão de um de seus maiores incentivadores. Centenas de recados com tom de despedida de amigos e admiradores congestionaram sites, blogs e a própria página da vítima no Orkut. Dentre as várias perguntas sem resposta, uma era muito comum: quem dará continuidade aos seus inúmeros projetos voltados para internet no Brasil? E o blog Mobilete? E o orkut?
A resposta sobre o destino dos dados das pessoas armazenados em páginas particulares, como flogs, blogs e Orkut, depois que elas falecem é algo ainda não esclarecido entre os internautas.
Segundo Ronaldo Lemos, advogado da FGV especializado em internet, os direitos sobre estes dados são transmitidos automaticamente aos herdeiros, assim como com qualquer outro tipo de propriedade.
- Pelo Princípio de Saisine, o direito é passado primeiro aos filhos ou parceiro. Na inexistência deles, para os pais. Basta comprovar para o provedor que é o herdeiro legítimo - explica Lemos.
No caso da Blogger, o parente deve confirmar o laço e apresentar a certidão de óbito do proprietário do blog. Com isso, a empresa fornece a senha de acesso à família, que decidirá o destino da página na internet.
- Eu tenho acessado o Orkut e o blog do FerVil para verificar as mensagens. Com certeza, daremos continuidade a esses projetos, mas ainda não sabemos como - comentou Luís Fernando Villela, pai do jornalista.
FerVil foi editor da revista Internet.br, pioneira no assunto no Brasil, e trabalhou em sites como Cadê, iG e Super iG. Atualmente, era diretor de conteúdo da Blah - serviço de chats e notícias vinculado à Tim - e planejava lançar nova revista na área de internet móvel.
Desde a morte do FerVil, foram criadas algumas comunidades no Orkut para protestar contra a violência, como a ''FerVil vive''. E o jornalista continua contribuindo para evolução da Rede - ao invés de provedor de conteúdo, ele se tornou inspiração para novos projetos.
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